quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Do Not Disturb

Tenho muito trabalho a fazer, mas não consigo. Meu pensamento fica preso à coisas que eu já deveria ter deixado pra trás, como minha cama, por exemplo. Sono, muito sono. Fico pensando se isso é normal, sabe. Esse sono todo, eu digo. Talvez seja, mais que preguiça do trabalho e da faculdade, preguiça de viver, e tal. Não sei, mas não me anima muito acordar e pensar no dia que tenho pela frente. Aliás, não me anima nada. Trânsito - trabalho - trânsito - PGE. Diariamente. As pessoas dizem "calma, tá acabando", mas calma é um catzo! Os olhos ardem, a cabeça dói. Não tenho tempo de tomar um banho demorado e tirar esse cheiro de cidade do meu cabelo. Péssimo. Não culpo nada por isso, e nem ninguém. O problema é que morar tão longe do trabalho e enfrentar essa rotina diariamente tem destruído todas as células de bom humor e simpatia dentro do meu humilde coração, e eu quero que as pessoas morram queimadas no mármore do inferno. Quero mesmo, sem dó. Não tô pra gente me enchendo o saco não rapá; e acho que minha cara de pit bull acorrentado e faminto mostra um pouco disso.
Pessoas curiosas me irritam, pessoas burras me irritam, pessoas atrasadas me irritam. Aliás, acordar me irrita. E me irrita não poder ir embora dormir às 18h em ponto, também. Me irrita a saudade, me irrita o bom humor alheio. Mas não é uma irritação daquelas AHHHHHH, é mais um incômodo, mesmo. "Não fala comigo, e estamos bem.", sabe? Mais ou menos por aí. E não, não é TPM. É cansaço de esperar que tudo termine e eu possa voltar à minha rotina de sábados embaixo das cobertas, e só.
Sono... muito, muito sono. O departamento ainda tá vazio, tô me sentindo uma bola com essa roupa e meu cabelo tá num mau dia. Torcicolo, ainda por cima.
E eu tenho muito, mas muito trabalho a fazer, mas não consigo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chutaaaaaaaaaaaaaa que e macumba!
Serio me lembrei de como me sentia exatamente como vc se sente, e uma bosta mas passa na sexta a noite geralmente.