terça-feira, 31 de julho de 2007

M + D = Besteirolando

Me formei num curso muito pomposo, pra quem tem menos de 50, Sistemas de Informação, dizem que paga bem e tal, toda aquela ladainha envolvida com informática.

O que é uma grande bobagem, por que o cara que se forma em odontologia é dentista, odontólogo, ortodentista; o cara que se forma em direito é advogado, juiz, delegado, ...; o cara que se forma em Sistemas de informação é, ..., é ..., bacharéu em sistemas de informação! Nem nome temos. O que me pos a pensar dia desses sobre qual outra faculdade ou especialização eu faria, relacionada com o que eu costumo conversar no dia-a-dia.

Designer de produtos tecnológicos, gadgets, geek stuff, ... Esquece, apesar de se um belo exemplar de um geek (aquele grupo de pessoas que dificilmente se assume, só perdendo para os Emos) não consigo entender. Tempos atrás portáteis quanto menores melhores, hoje eles têm que possuir uma tela grande, mesmo que pareçam um porta-retratos ou um espelho de banheiro! Aquele iPhone é uma grande jogada de marketing apenas! Imagina se eu gastasse aquela fortuna pra comprar um telefone que eu não pudesse mandar fotinhos por MMS pra minha namorada? Esquece, prefiro investir meus hundreds thousands billion dollars em outras coisas.

Engenheiro de Aeroportos: Depois dessa crise toda e de belas madrugadas em cima do OpenTTD (joguem, é de graça e viciante) comecei a me achar profundo conhecedor de transportes coletivos. E tenho testemunhas que eu já tinha dito pra transformar o aeroporto de Congonhas na maior estação de trem da zona sul de uma capital da região sudeste de um país latino-americano (paulista adora isso), aumentasse o aeroporto de Guarulhos e o de Campinas e faz um belo anel ferroviário. Preciso mudar de engenheiro de aeroportos pra engenheiro de trens, tudo eu quero colocar trens. E me deu vontade de jogar TTD de novo.

Por último: Psicólogo: Só assim entenderia como o tio Pingo insiste em dar comida pra cachorra que já não tá boa do intestino e como ele consegue usar dois relógios de pulso no MESMO pulso e não se dar conta.

Ai ai

sábado, 28 de julho de 2007

Gorda baleia saco de areia

Quando eu era pequenininha (bem pequena mesmo) minha mãe me dava vitaminas pra eu engordar. Eu era uma ratinha de cabelo lambido, e como todos os pais metade italianos metade portugueses, eles entuchavam papá pra Mumu ficar gordinha. O problema é que deu certo. Quando eu tinha 3 anos e minha irmãzinha nasceu, eu já era um torete que só tinha pança, franja e tênis, praticamente um abajur. Um abajur que pegou um gosto danado por chocolate, bolacha, salgadinhos e refrigerantes. Daí a minha mãe, como toda mãe preocupada com a saúde de seus bichinhos, me colocou na natação. Depois no balé, depois na natação de novo, depois no judô, no vôlei, no aero-jazz (até hoje me pergunto que diacho era aquilo), e finalmente, numa academia. Quando eu entrei na academia, aos 12, eu emagreci, tomei gosto pela coisa e tudo, e tal. Mas até lá, eu lembro rindo dos micos que a gordinha aqui pagava.

Primeiro: eu sempre era a mulher do padre nas festas juninas. Que ódio! Sempre, sempre, sempre eu era a mulher do padre! E, claro, o padre era o barrigudinho da turma. Raiva.

Segundo: ninguém NUNCA me escolhia na educação física. Não senhor, eu era o que sobrava, e o time azarado tinha que me engolir. Urgh.

Terceiro: sabe aquela menina da sala de aula que TODOS os garotos são apaixonados? Aquela que eles mandam bilhetinhos e pedem em namoro pra mãe? Então, eu não era essa menina. Mas eu era a melhor amiga dela! Rá, e não pensem que a 'rapa' sobrava pra mim. Não sobrava nada pra Mumu.

Quarto: como toda boa gordinha eu era nerd. Aquela que adora estudar pra prova de História, é amiga das professoras e sempre é convidada pra 'ler lá na frente'. Aquela Prom Queen da sala que era minha amiga, aliás, vivia pedindo cola. E eu dava.

Quinto: minha mãe zoava meu cabelo. Claro, como toda boa mãe. Me fazia umas franjas - toldo - de - quitanda, e secava minha juba já não tão mais lambidinha com secador, deixando tudo com uma aparência meio cônica. Minha mãe também zoava minha roupa. Eu lembro da 5ª série, que eu ia pra escola com umas bermudas jeans que iam do estômago ao joelho, com meias e tênis com biqueira. Descoladas, claro. Sem deixar por menos a monocelha em cima dos olhos. Um hor-ror.

Sexto: não bastando tudo, eu ainda por cima usava aparelho. Mas não, não podia ser apenas aparelho, tinha que ser freio-de-burro, aquele externo que amarra atrás do pescoço. E sim, eu ia com aquilo pra escola.

Sétimo: eu tinha uma bicicletinha laranja de cano alto que ganhei aos 6 anos e usei até os 10. Um dia eu tava passando de bicicletinha na frente da casa de uns moleques e eles zoaram ela. Foi quando saquei que ela estava, sim, muito pequena pra mim.

Oitavo: o primeiro beijinho que dei num menino na vida, foi num barrigudinho que, por sinal, sempre era um dos padres aqueles do item 1.

Nono: precisa de mais exemplos?!

Graças a Deus, depois dessa infância e pré-adolescência traumática eu emagreci e tive uma adolescência cheia de festinhas e meninos. Mas quando entrei na faculdade, a gordinha que existia dentro de mim resolveu sair, hehehe... E saiu.
Hoje eu tava olhando umas fotos de uns 3 anos atrás e eu estava tão magrinha... ui, que dor. Resolvi fazer uma dieta séria e aprisionar a gordinha de novo, ou pelo menos tentar. A bichinha tem força!!!

Mas sabe? Ela é tão divertida, bem humorada e sarcástica que eu fico até com pena.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

In the jungle, the wild jungle, the lion sleeps tonight

Agora são exatamente 14h55, e eu acabei de comer alguns cookies light do Pão de Açúcar. Comprei hoje cedo, saindo da fisioterapia, e realmente não acreditava que eles fossem tão gostosos. Achei que eles tivessem o gosto de uns cookies de soja - horríveis - que vendem aqui na Abril. 123 calorias 6 unidades. Comi umas 10 unidades, nunca vi mini cookies tão mini.
Enfim. O negócio é que me peguei comendo biscoito light enquanto mexia em planilhas que há alguns meses nem sabia fazer, com e-mails de reclamações de clientes apitando no Outlook e o pensamento na conta do banco (agora com o valor do aluguel a menos na soma) e me lembrei deste mesmo dia há cerca de uns 5 anos atrás. 2002. Eu estava no segundo colegial, de férias e provavelmente jogada no sofá da sala assistindo tv, sem me preocupar com nada além do pacote de pipocas que eu iria estourar em breve pra comer assistindo Sessão da Tarde ou algo assim. Não que isso realmente aconteceu há 5 anos atrás, mas era uma cena comum. Aliás, tudo era tão comum que fico com saudade de lembrar. Chegar da escola, almoçar e me jogar no sofá. Tv + edredom + Joey, meu gatinho persa preto fofo lindo, que Deus o tenha. E dormir muito, mesmo.
Hoje eu não tenho mais o Joey, mas tenho a Teca. E não durmo no sofá, mas na minha cama, mesmo. E sim, eu sinto muita saudade da rotina antiga, das férias frias e despreocupadas, de andar de meia pela casa inteira e jantar sopinha quente de feijão que minha mãe fazia, mas eu juro que se hoje, agora, eu pudesse pegar meu carro no estacionamento e ir pro meu apartamento, eu nem ia lembrar de Joey, de sopa ou de Sessão da Tarde. Não ia ficar deitada lembrando, pensando. Não. Eu ia me agarrar na Teca e dormir até tarde da noite. Assim, direto.

Por que eu sou nostálgica até que meu sono se prove maior. E ele sempre se supera.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Embarque próximo

Quando a gente encontra o chinelo velho pro nosso pé cansado, a metade da nossa laranja, o salaminho do nosso sanduíche, a cereja do nosso sundae, o Sundown do nosso dia na Joaquina, a tarrachinha perdida do nosso brinco, a lagartixa pra jogarmos na nossa parede, a risada das nossas piadas sem graça, a paciência para nossas chatices, a amizade para nossos dias tristes, o calor para nosso frio, o carinho para nossa eterna carência, a segurança para a eterna insegurança e o amor para a saudade imensa de todos os dias; não tem caos aéreo que seja forte o suficiente que vença a força da nossa vontade de aguentar tudo isso. Força de esperar, de esperar e esperar sempre, torcendo, rezando para que termine logo, o mais logo possível. O caos dos aeroportos e o nosso pequeno caos particular.

Rá! Se fodeu, Infraero!

Você pode ser um cu, mas eu sou dois.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

...


Tristeza, dor, choque. Não dá pra explicar como uma coisa tão horrível assim é permitida. A gente tenta colocar a culpa em alguém, mas provavelmente ou os culpados nunca vão aparecer, ou vão ser os coitados mortos que não podem se defender.
Dizer que Deus é injusto é absurdo. Injusto é o país. É o Brasil. Que elegeu o governo que temos, que transformou a aeronáutica na merda que é.
Ou não.
Na verdade, quando temos que morrer, tanto faz um avião que derrapa e explode, uma picada de mosquito da dengue ou um escorregão de cabeça na quina da pia. Só o que eu peço é que a família inconformada de todos que morreram também entendam isso, e consigam sofrer um pouco menos. Peço também que tudo dê certo sexta, e que meu vôo pra (sim) Porto Alegre não atrase (muito). Talvez por sair de Guarulhos, não aconteça nada de ruim.
Fica aqui, por fim, o meu respeito. Eu nunca vi uma coisa tão triste assim, tão de perto.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Se essa casa, se essa casa fosse minha...

Hoje logo pela manhã, lendo a página inicial do Terra como de costume, me deparei com a notícia de que um inglês maluco resolveu nadar nas águas do Pólo norte para mostrar toda a sua indignação a respeito do aquecimento Global. Segundo ele, há 5 anos atrás isso não teria sido possível, pois aquela área estava inteira congelada.

Agora, vamos meditar um pouco a respeito disso: esse cara é idiota? Com certeza ele conseguiu chamar a atenção do mundo (se é que uma chamada no Terra Imagens pode ser chamada de auê), pegar uma pneumonia braba, matar a mãe do coração, ...

Ultimamente as pessoas tem deixado de lado coisas muito importantes e se concentrado em apenas uma ou outra e nada mais. Será que o Lula é contagioso? Afinal, que eu saiba, só brasileiro se desconcentra de um problema para poder concentrar-se em outro. Hoje mesmo ouvi na JP Notícias, indo pro trabalho, uma frase interessante: no meio de tantas CPIs o brasileiro tá se esquecendo do resto: escola, desemprego, meio-ambiente. Eu digo o mesmo para o resto do mundo: tá gente, o aquecimento global existe, e um dia a Terra vai arder em chamas! Mas enquanto isso, tem bilhões de crianças passando fome lá na Áfria, ok? Enquanto isso minas de carvão exploram o trabalho infantil com unhas e dentes, enquanto isso animais de todos os tipos e espécies são usados como cobaias de indústrias de todos os tipos de coisas, enquanto isso bandidos disseminam drogas, armas e traumas por aí.

Eu acho muitíssimo digna essa história de prevenir que o mundo derreta. Acho mesmo. Mas quando uma casa pega fogo nós primeiros salvamos nossa família, e, depois, se possível, a casa em si. Acredito que todos os esforços contra o aquecimento global são válidos e imprescindíveis, mas e se a gente parasse um pouco de pensar nisso e se concentrasse um pouco mais no exemplo da ex-linda-atual-anoréxica-Angelina Jolie e prezássemos um pouco mais as pessoas?

Tenho certeza que se o inglês congelado aí tivesse usado o dinheiro que ele gastou com a viagem + hotel + roupas términas pré e pós loucura ridícula para doar uns pães pros pobres, ele não atrairia tanta atenção, mas com certeza muito, mas muito mais respeito.

O meu, inclusive.

domingo, 15 de julho de 2007

Casa Nova

Psicólogos sempre dizem que as pessoas muito apegadas às coisas não costumam se dar bem na vida / tem problemas sexuais / são deprimidas / etc; Espíritas dizem que os muito apegados não conseguem ir embora em paz quando desencarnam dessa vidinha ordinária; católicos dizem que é pecado e minha vó falava que "dessa vida nada se leva." Foram por conta dessas considerações e todo o tamanho daquele antigo endereço que resolvi me desvencilhar dos laços de amor eterno que me uniam ao blog que cultivava há 3 anos e abrir uma conta no blogspot.
Esse vai ter feeds, comentários funcionando*, é mais clean e não precisa de layout. Ah, e tem links diretos e randômicos do Youtube, de acordo com palavras de busca que deixo pré-selecionadas, tipo cats, cute, funny, e essas outras coisas de menina. Pronto, me convenceu.
Ah, e além de tudo, blogspot é modinha.

E eu adoro modinhas.

*Sim, eu preciso de comentários inflando meu ego. Não sou cool nem cult, portanto, foda-se.