Pode parecer besteira, mas o que eu mais gosto no Natal são as cores e os cheiros.
Adoro muito as luzinhas piscando, todo o dourado e vermelho, e o verde cheiroso das árvores de Natal espalhadas por ruas, shoppings e botecos de parede de azulejo. Coroas, guirlandas, enfeitinhos como renas fofas, anjinhos sorridentes e papais noéis gorduchos com botas grandes e cintos largos.
Quando eu era criança, eu ficava bastante ansiosa pela hora dos presentes. Na minha família, nós sempre, desde que me conheço por gente, nos reunimos em algum lugar e esperamos a 0h do dia 25 para dar beijos e abraços, cortar o tender com fios de ovos e trocar presentes. Acho engraçado isso. Meia-noite. Quando eu era pequena demorava tanto pra passar! E hoje chega tão rápido.
Mas enfim, me lembro de natais específicos na casa da minha tia. Não que em casa os natais não fossem bons, mas na casa dela era mais colorido. Primeiro ela ia na penitenciária (onde os presos "bonzinhos" cortavam pinheiros no Natal) e comprava o maior e mais cheio pinheiro. Daí ela pegava aquelas milhares de caixas com bolotas e enfeites coloridos e enfeitava. Nas mesas, velas. Nas portas, guirlandas. Nunca me esqueço de uma vez que a festa de Natal foi em volta da piscina ao invés de dentro do apartamento, e ela decorou um pinheirinho que tinha, de fato, no canteiro, com papais noeis de chocolate. E a comida não era churrascão ou petiscos como fazemos hoje em dia (pra evitar fazer uma mega ceia que ninguém come). A comida era peru, leitão bem crocante, tender, fios de ovos e uvas passas, nozes, castanhas e quantas mais comidas específicas existirem no mundo. E a mesa era toda decorada com enfeitinhos de Natal, e todo mundo levava os presentes e deixava nos pés da árvore, transformando o ambiente numa mistura de pacotes coloridos e luzes e cheiros que eu achava a coisa mais linda do mundo!
E é claro que eu ficava muito ansiosa pelos presentes (que na maioria eram surpresa), mas só aquela função de Noite de Natal já me deixava extasiada.
Hoje em dia eu compro os presentes, e Natal tem bem mais cara de graças-a-deus-um-tempo-pra-descansar que de Jingle Bells, mas ainda assim vale. Pois eu sei que tem e terão sempre crianças na família, que pensam como eu pensava, e que sentem como eu sentia.
Só é uma pena que hoje em dia os especiais de Natal não tem mais Esqueceram de Mim 1 e 2, e o único cheiro que eu sinto é da carne assando na churrasqueira.
Não que isso seja ruim, claro.
:)
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Bate o sino, pequenino, sino de Belém...
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Abril? Mas é DEZEMBRO!
Quando eu era pequenininha eu vinha pra São Paulo, e passava na frente da gráfica da Editora Abril, na marginal Tietê. Não sei se na época o Civita ainda era vivo, mas sei que as revistinhas da turma da Mônica todas tinham aquela árvorezinha verde no canto da capa.
Eu imaginava que lá dentro existiam pessoas muito legais e todas muito amigas, sentadas em salas arejadas e cheias de doces e brinquedos, desenhando quadrinhos em mesas-prancha com lápis de cor, canetinhas e pincéis. E eu morria de vontade de trabalhar lá dentro junto com o Maurício de Souza, que nas historinhas era o pai da Mônica, afinal quem poderia conhecer mais a Mônica que eu?
Quando em março de 2006 eu passei no processo de estágio da Abril Digital, percebi que tudo era diferente. A revistinha da Mônica não era mais da Abril, o prédio era em outra marginal e ao invés de histórias eu fabricava relatórios.
Agora abriremos aqui um parênteses: relatórios? Eu, que sempre fui tão criativa, sempre gostei de pensar, de inovar, de arrumar saídas. Eu, fazendo relatórios? Eu, pegando números de um lugar e copiando em outro? Isso mesmo. Mas não só isso, eu também atendia telefonemas e e-mails de tias da classe C (nada contra as tias da classe C) que não sabiam cancelar serviços SMS que eu, convenhamos, acho uma bobagem.
E eu passei quase 2 anos fazendo relatórios e serviços de telemarketing, minha gente. Eu, que queria trabalhar com o Maurício de Souza! 2 anos arrumando legendas de gráficos e sendo cobrada de por que é que a audiência da Nova Escola não tava lá.
Peraí, Nova Escola? EU TÔ AQUI POR CAUSA DA MÔNICA, MINHA GENTE!!! E ainda me acham desmotivada... Bem, com razão. Enquanto engavetava minhas idéias e estudava coisas que eu não gostava, eu me mostrei de muito bode. E as pessoas perceberam.
Acontece. Ano novo, vida nova! Quem sabe da próxima vez eu me encaixe numa empresa que me olhe e fale: meu, você é muito legal. E a gente quer que você faça isso ó!, e eu goste muito.
Por enquanto fica meu alívio, meu planejamento pras férias e o pensamento: será que foi culpa minha me deixar abater por más línguas e vontades?
Bem, se foi, Abril, me perdoe. Porque eu nunca vou te perdoar por não ser aquela sala legal, com plantas e pessoas sorrindo, onde todos se gostam e eu poderia respirar ar puro e ter minhas idéias coloridas.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Um post cheio de assuntos
Primeiro foi o estado de bobeira incrédula: quê? Dez? Prêmios? Dããããã...
E por último mas de maior importância, o estado em que me encontro: foda-se, tem vida pós- faculdade não é mesmo, minha gente?
Agora eu chego em casa às 19h e posso assistir às minhas séries! Incluindo Friends que sim, sim! Agora eu consigo assistir as reprises! Sony, Warner, People+Arts, FOX e qualquer outro lixo que esteja no ar em um dos 60 canais.
Agora eu deito sem culpa no domingo à tarde e assisto a filmes de 2 horas de duração seguidos sem peso na consciência. Sob o Sol da Toscana, O Amor não tira Férias, Volver, Zodíaco e Piratas do Caribe III foram os mais recentes.