segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Pequeno grande amor

Mais uma vez o sr. D me deu um beijo e um abraço apertado no saguão do aeroporto, me olhou com olhinhos que não derramaram, mas estavam rasos d'água, apertou meu braço e foi embora. Odeio isso. Essa cena tosca de filme romântico que acontece a cada mês na minha vida, e que a cada vez que acontece me deixa com mais vontade de que termine. Essa novela toda, e tal. Sabe, eu sou uma pessoa que não nasceu pra sentir dor. Dor de dente, dor de cabeça, dor de estômago ou saudade. Eu me atolo de analgésico mesmo, e antibiótico ou anti-o que for que eu encontrar na minha caixinha de medicamentos. Mas eu até agora não encontrei um anti-saudade-doída-pra-caralho-que-me-mata-todo-dia. Mas que inferno, dói de mais. Dói, dói, e me dói essa impotência de não ter remédio se não o tempo e o apartamento, dele-nosso-pois-vou-morar-lá-assim-que-ficar-pronto, acabar de ser construído logo. Menos de 3 anos, 1000 e tantos dias. Longos dias. Cacete, mesmo. Enquanto isso enchemos os bolsos das companhias aéreas (Lula) de dinheiro absurdo. R$269 sem taxa de embarque. Alô, eu sou ESTAGIÁRIA, bando de PUTOS. Cecete mesmo mais uma vez.
Além de tudo, final de semestre (último, como se não bastasse) com trabalho de conclusão.
Me restam as fotos, a lembrança do abraço fofo e do beijo no rosto no escuro antes de dormir, e o limite do cartão de crédito.

Hunf.

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